segunda-feira, 13 de julho de 2015

Tchau, Thiago!

É impressionante aonde vai o egoísmo do ser humano... Eu só queria tê-lo conhecido...
Reprodução Instagram Thiago Araújo (@seu_araujo)

Diante de todo sofrimento dos amigos pela morte repentina do rapaz Thiago Araújo, me volto a mim e sinto uma tristeza inundar. Um vazio estranho. Não pela perda. Até porque eu não o conhecia. O vazio é justamente o fato de não o ter conhecido. Vi que, além da terra em si, tivemos tanto em comum. De maneira alternada, vivemos alguns mesmos ambientes. Desfrutamos diversas mesmas companhias. Ainda tivemos a comunicação como profissão comum.

Como não o conheci? Acho que ele entrava pela sala enquanto eu saia pela cozinha. E vice versa.

Poxa! Por que eu não pude ter o prazer de conhecer essa pessoa? Me tocou profundamente o sofrimento e a comoção por essa perda. Para mim, infelizmente, um desconhecido. Para a imprensa paraense um repórter fotográfico memorável. Para MUITOS um amigo; um irmão; um filho; um pai; um companheiro; um parceiro; um colega de trabalho. Para a arte um palhaço; um músico; um ator; um dançarino. Para a fotografia um olhar singular. Para a vida, na melhor interpretação da palavra, um SER HUMANO.    
Reprodução Instagram Thiago Araújo @seu_araujo 
Senti a dor alheia. Mas mais ainda o vazio de perder alguém que a vida não me deu a oportunidade de conhecer. Alguém que poderia ter sido um grande amigo. Alguém que poderia ter me causado também toda a alegria que marcou a vida de tantos outros.

Li (e reli) muitas vezes as incansáveis declarações sobre o moço. Sobre a súbita ruptura de uma vida promissora. Sobre o ser humano incrível que jamais será esquecido. Sobre o trabalho brilhante que realizara. Sobre seu olhar único. Sobre o artista nato que ainda achava tempo em ser. Sobre as incontáveis risadas que provocava por onde passava. Sobre as inspirações que aguçava. Sobre o amor que distribuía. Sobre o bom humor que exalava. Sobre a generosidade que praticava.

Me entristece não ter podido desfrutar tudo isso. Não é que eu quisesse estar sofrendo a partida precoce de um amigo agora. Aqui mora meu egoísmo: Só queria ter tido a sorte de tê-lo conhecido.

Respeito muito a dor dos que ficaram. Perder um ente querido é ruim demais. Por isso me deixei subtrair por essa dor também. Mais que perder amigos, o que fica é o que ganhamos com eles. O que ganhamos da vida. O que ganhamos deles. E pelo que vi (li), muitas pessoas ganharam muito do Thiago.  
Reprodução Instagram Thiago Araújo @seu_araujo 
 Eu sei, é inevitável não questionar. Por que tão cedo? Por que os bons morrem tão jovens? Poxa! Um cara que tinha tanta coisa boa. Deixa tanta coisa boa.  

Tomara, Deus conforte logo os corações aflitos que aqui ficaram. E que a passagem desse moço tenha sido de toda a luz que ele deixou por aqui. 

Aos amigos, chegados, ou nem tanto, e até aos desconhecidos ele deixa sua voz; Seu olhar particular sob tudo o que viu e registrou. Ele continua a falar através da sua arte. Essa é eterna e tem força pra ecoar atravessando o tempo.

Esteja em paz, admirável desconhecido.
Quem sabe, um dia, nos conheçamos, tomando uma no já famoso boteco que alguns por aqui decretarem que abrirás por onde estejas.

segunda-feira, 6 de julho de 2015

Perdemos o equilíbrio ou ganhamos bom senso?

Outro dia me peguei pensando que desaprendi a dançar. Sim. Dança mesmo, dois pra lá dois pra cá. Um rodopio seguro. Um caqueado mais elaborado com os pés. Uma troca diferente de passos. Um molejo ritmado no quadril. Um remelexo no ombrinho. Tudo isso era tão simples. Fácil. Mesmo quando eu tinha 40kg a mais. Ia do samba ao xote no mesmo compasso. Passava do bolero ao carimbó com uma naturalidade nata. Sacudia da MPB ao Pop. Dançava de par. Dançava sozinha. Dançava em grupo. Seguia o ritmo e sacudia sem vergonha. Sem medo de errar. Sem querer parecer bailarina. Apenas para me divertir. Sem a obrigação de parecer certa. Sem o medo de parecer ridícula.

Hoje, até o dois a dois parece difícil. Inventar um passo novo está fora de questão. O ritmo parece não fazer mais sentido aos meus membros. Não consigo acompanhar fisicamente as batidas. Rs. Será que meu ziriguidum já era? É embaraçoso demais. Não sambo mais. Só arrisco o xote sentada. Não invento mais compassos. Sozinha, em par ou em grupo me limito ao tímido clássico dois pra lá, dois pra cá. Ainda assim, sempre com o receio de estar sendo ridícula.

Lembro que quando era mais novinha sempre via minha mãe, minhas tias e os mais velhos em geral parecendo ridículos engraçados em rodinhas de dança. Aí comecei a me questionar: Será que vamos ficando velhos e desaprendemos a dançar? Será que perdemos o equilíbrio, logo, o ritmo? É certo que conforme a idade vai chegando, o eixo gravitacional vai mudando. Um desequilíbrio físico começa a responder ao que veio a gravidade.

Aí, veja bem, me ocorre que quando somos pequenos, tudo é motivo de aplausos e risos de carinho. "Nossa, olha como é desengonçado... Igual ao pai". “OOOHHHH!!!”. Sorrisos e suspiros derretidos. "E a falta de ritmo da mãe? Lindoooo!". “Faz de novo?!”. O ridículo é fofo. Então repetimos incansáveis vezes. Somos o personagem principal de um espetáculo engraçado, de amor, de fofura e derretimento pelos desencontros dos nossos movimentos. Ensaiamos muito. Crescemos com a ideia de que podemos fazer bonito frente ao público.

Ai vem a famigerada etapa da autoafirmação. Chegamos naquela fase em que somos os donos do mundo. Tudo sabemos. Tudo podemos. Somos os melhores. E aquela ideia incutida de que dançamos muito e somos lindos continua ali. Libertamos então o dançarino nato que há em nós. Não importa se alguém acha o contrário. Nós sabemos que somos bons. Afinal, ouvimos isso em boa parte da vida. Ah, e como ensaiamos... Assim vestimos a armadura da coragem e seguimos dando show nas baladas da ‘flor da idade’.

Quando passamos do período de afirmação exacerbada adolescente extrema sapiência, começamos a entrar em um estado de realidade absurda em que começamos a questionar tudo e acabamos descobrindo que na verdade não sabemos nada. As reais descobertas ainda estão por vir. E o dançarino? Descobrimos um senso crítico meio absoluto. A autoafirmação dá lugar a auto avaliação. Passamos de engraçadinhos safos a ridículos. Nos contentamos então a um balanço tímido com passinhos desengonçados. É verdade que a idade traz mesmo aquele certo desequilíbrio físico, a gravidade começa a fazer mais sentido. Mas o que mais muda mesmo é nosso senso. O bom senso. O senso crítico. O senso.

segunda-feira, 19 de abril de 2010

Extermínio ao abandono


Prometo a mim mesma (e a quem interessar) que a partir de hoje vou dedicar um pouquinho do meu tempo a fidelizar uma periodicidade para este espaço, que criei (há tempos e deixei esquecido aqui) a fim de expressar e compartilhar idéias, visões, críticas, informações...
Nada de me amarrar a um único tema. Tenho visto, lido e ouvido tanta coisa interessante, mas deixo cair no buraco negro da minha memória nada confiável. Até às coisas absurdas, inúteis e toscas quero dedicar um pouquinho de tempo e espaço. É cada uma que aparece por aí...
Música, arte, cinema, saúde, tecnologia, comportamento, atualidade, fofoca, tendência... e, claro, as pérolas. Chamou minha atenção, terá espaço garantido na minha pauta ;)
Abaixo ao abandono do meu blog! Extermínio já ao desleixo e ao esquecimento dele!

P.S.: Breve, breve, para (re)começar em grande estilo, uma entrevista quentinha (com quem??? segredo)... Aguardem.

quarta-feira, 7 de outubro de 2009

Olhai por nós, Ó Virgem Santa!

"No mês de outubro, em Belém do Pará, tem dias de alegria e muita fé. Começa com extensa romaria matinal o Círio de Nazaré..."
Égua, é incrível como o Círio me comove. Aliás, acho que, no mínimo, a 99% dos paraenses e mais algumas centenas de católicos país a fora.
Caminhando pelas ruas do reduto, ontem (ops. reduto ou umarizal? Bem, não sei os limites), percebi o óbvio: A cidade já pinhada de gente; trânsito mais infernal que o normal; coletivos lotados por volta das 10h da manhã (hãm? é, isso mesmo)...
Aí, apesar do estresse da caminhada no sol escaldante, das pendências a serem resolvidas e das neuras que rondavam a minha mente (muito) pensante naquele momento, parei e vi meu rosto ser acariciado por um fio de lágrima do lado direito.
A princípio achei que fossem resquícios de lágrimas por neuras inúteis anteriores. Depois pensei na bendita TPM. Em fim, me dei conta de que era "O" CLIMA DO CÍRIO, o nosso tempo de congratular os espíritos e unir as forças em prol do grande objetivo de agradecer e homenagear Aquela que nos guia e ilumina durante o ano inteiro.
Caí em mim. Ando tão desligada ultimamente que nem tinha me ligado que vem chegando os dias alegres e de muita fé do mês de Outubro; das belas homenagens singelas, grandiosas, humildes e magníficas Àquela que, aqui, crescemos aprendendo a amar, respeitar e adorar... "E como é linda a Santa em sua berlinda..."
Então, continuei minha exaustiva andança, - tocada, confesso - mas já não mais estressada e aguniada. Me pus a caminhar tranquilamente, batendo aqueeeeeeeele paaaapo com a Naza rumo aos vários destinos que ainda me esperavam. Só o pensar, aliviou as tensões. Suavisou meu dia. Até a dormida, que há duas noites vinham sendo "estranhas", foi tranquila depois de um dia inteiro canalizando as energias da festa Dela.
"E o romeiro a implorar, pedindo a Santa em oração para lhe ajudar..." Temporalmente (isso existe? rs) falando, o clima da Mangueirosa é invariavelmente (muito) QUENTE. Mas é incrível como na semana do círio fica ainda mais. Não sei se pelo calor dos romeiros e promesseiros que vem chegando ou se pela quantidade de maniva sendo cozida simultâneamente (rs). Putz! A maniçooooba. Ahhhhhh! A cidade cheira a maniçoba nessa época. Huummm! E o colorido dos brinquedos de miriti e das fitinhas de Nossa Senhora? Ah, tem também as 'camisas do círio' penduradas, expostas até em postes sendo balançadas pelo vento que não esconde a chuvinha de logo mais... A movimentação no CAN. A imprensa, por onde passam as várias procissões da Mãezinha, cobrindo cada detalhe dos preparativos... A cidade inteirinha funcionando em prol da Grande Festa de Manifestação da Fé.
Ah! Sem falar nos preparativos familiares. (RS) Não existe sequer UMA família que não tenha ao menos um membro se descabelando com as 'missões do Círio'. Durante essa semana, todas aquelas tias e vovozinhas - as "carmelitas" - estão preocupadas com "como vai ser o círio?", "Fulano já comprou os entulhas da maniçoba?", "Já avisaram a Joana que o Círio vai ser aqui esse ano?", "Maria, vai buscar os patos na casa da Creuza!", "Menino tu ainda não foste no ver-o-peso pegar o jambu que encomendei há um mês?"...; A filha se preocupa com a blusa que ela vai usar porque das duas milhões de pessoas que estarão na procissão NENHUMA pode estar com uma igual a dela; A ala masculina jamais esquece de por O gêlo no freezer (huuummm O GÊLO! Sim, o sagrado sem o profano não teria taaaanta graça); Os promesseiros se desesperam correndo atrás de milhares e milheres e milhares de litros de água para distribuir nas procissões... Em fim, é um "perrengue danado" que se repete todos os anos 'só' para não 'passar em branco' aquilo que é significativamente chamado "Natal dos paraenses".


Um ótimo Círio a todos e, do fundo do meu coração vagabundo, espero que a Naza derrame, como sempre, suas bençãos sob os lares e familias de todos. "Óóóóóóó, Viiiiiiiiirgem SaAanta, olhai por nós! Olhai por nós, Ó Virgem Santa, pois precisamos de PAZ"

;~)

Nossa Senhora de Nazaré: Rogai por nós!

domingo, 20 de setembro de 2009

Caos. Essa é a palavra que melhor traduz a atual situação do trânsito em Belém. As ruas da cidade parecem mais um emaranhado de veículos desgovernados perambulantes do que vias de tráfego. Os órgãos responsáveis pela gerência do trânsito na capital precisam, com urgência, realizar ações que visem (re)educar a população em geral quanto ao funcionamento do trânsito. Não sei se as pessoas desaprenderam as normas ou se simplesmente optaram por ignorar totalmente o comportamento adequado e seguro quando se pensa em trânsito – particularmente, creio que a segunda opção é a mais cabível já que os órgãos competentes não fazem nada para que as pessoas mudem a visão de que tudo podem.
É verdade que o número de veículos aumentou consideravelmente nos últimos anos e que a infra-estrutura da cidade não estava pronta para comportar esse aumento de fluxo. Mas somado a isso existe o descaso da população. As pessoas não pensam que se cada uma agir de modo correto o todo flui corretamente. Elas só pensam em chegar aos seus destinos e saem atropelando tudo e todos. Em determinados momentos não se consegue entender que mão das vias vai para onde ou que manobra o condutor (barbeiro!) está tentando executar, tamanha é a confusão que se arma no ir e vir de veículos e pessoas que transitam pelas artérias mangueirosas.
É ciclista que não tem por onde andar e acaba por atrapalhar os veículos motorizados, passando por onde bem entende. Pedestres que não respeitam suas limitações. Condutores que não obedecem às leis e sinalizações. Órgãos responsáveis que não fiscalizam e, muito menos, zelam pela tal ordem que deveriam zelar. E assim, se instala o verdadeiro caos. Prestar atenção no movimento do tráfego como espectador é, no mínimo, assustador. Estar participando dele, então, nem se fala.
É urgente e mais que necessária uma reviravolta no trânsito de Belém ou a situação ficará cada vez mais crítica. Além do aumento do número de acidentes, levanto a hipótese da impossibilidade de se trafegar “montando” um veículo motorizado. A população precisa ser conscientizada. Mais vias de tráfego precisam ser abertas. Novas engenharias de tráfego desenvolvidas. E por que não falar em rodízio de veículos?
É, me recolhendo a minha insignificância, continuo esperando que um milagre aconteça e nós finalmente fiquemos livres das atrocidades que assombram o trânsito da nossa querida Belém.

segunda-feira, 3 de novembro de 2008

Desespero. Despreraro. Inconsequência.

Será mais uma prova do despreparo patético da polícia brasileira esse episódio da morte da adolescente Eloá Cristina? Sim, eu creio.

Eu não estava lá e nem sei até que ponto posso acreditar no que os veículos de comunicação dizem (ou até mesmo no que dizem os envolvidos). Até onde é fatídico? Onde começa o puro deleite dos repórteres nas mais variadas e mórbidas sensações? E o "medo" dos envolvidos de dizerem algo que não corresponda àquilo que os espectadores querem ouvir?

Me pergunto:
Se não tivessem câmeras, flashs, jornalistas e tantos curiosos no local, será que o tal do Lindembergue teria mantido o espetáculo por tanto tempo? Sem contar a televisão ligada, 24h, dentro do apartamento, transmitindo flashs do espetáculo que ele protagonizava. E a polícia (querendo, a qualquer custo, mostrar um serviço e uma eficácia, que, notavelmente, não tinha), será que teria passado tanto tempo criando estratégias para um Grand Finale?

Temos o exemplo do que aconteceu em uma situação semelhante quando o jovem Sandro Nascimento, o "Mancha", sequestrou o ônibus 174, em 2000. Os policiais despreparados e desesperados com todo aquele circo, protelaram, protelaram, protelaram e protelaram. Montaram mil e uma estratégias (não puseram nenhuma em prática), "visando a integridade dos envolvidos", e deu no que deu: a refém foi morta. E o que é pior: por consequência de um erro policial.

Será que a situação lá no ABC Paulista não foi bem parecida? Como é que um grupo, teoricamente, treinado, especificamente - diga-se, para realizar operações especiais como aquela não tem meios para interromper a ação de um bandido, sendo que esse era o único dever que eles tinham?

Vamos considerar que a amiga de Eloá, Nayara, já disse à polícia, em seu segundo depoimento, que até o momento da invasão, o Lindembergue não havia feito nenhum disparo. E ela reafirmou isso, ontem, três vezes à reportagem do Fanástivo.

Ao que tudo indica, é bem possível que os tiros tenham sido reações desesperadas, assim como a do Sandro do "174", mediante a um ato inconsequente dos policiais. Um brasileiro que compõe a equipe da Inteligência Americana - CIA disse ao Fantástico, no domingo retrasado: "Eu estou com vergonha de ser brasileiro", reiterando sua conclusão de que a ação dos policiais foi equivocada.

O Grupo de Operações Táticas e Especiais, da PM de São Paulo, esperou a situação ficar crítica e irredutível para tomar uma atitude. Só funcionou no tranco. Nada de tática. Muito menos eficácia. E, menos ainda, especialidade.

Ação desesperada, despreparada e inconsequênte. Isso sim.

terça-feira, 21 de outubro de 2008

Assim como são as pessoas são as criaturas

Como Uma Onda
Lulu Santos / Nelson Motta


Nada do que foi será de novo do jeito que já foi um dia
Tudo passa, tudo sempre passará
A vida vem em ondas como um mar

Num indo e vindo infinito
Tudo que se vê não é igual ao que a gente viu há um segundo
Tudo muda o tempo todo no mundo
Não adianta fugir, nem mentir pra si mesmo agora
Há tanta vida lá fora
Aqui dentro sempre como uma onda no mar
Como uma onda no mar
Como uma onda no mar



A música de Lulu Santos e Nelson Motta é incontestável. Realmente nada vai ser igual, nunca. Mas, assim como as ondas, determinadas coisas jamais vão deixar de existir. Mesmo que "num indo e vindo". Afinal, é "infinito". "Não adianta fugir, nem mentir pra si mesmo".

Incrível é que a vida nos dá provas disso cotidianamente, mas ainda assim, nos deixamos surpreender por situações, ações, circunstâncias...

Todo mundo sabe que o mundo dá voltas. Portanto, sabe-se que ele sempre pára no mesmo lugar. Difícil é entender como e por quê nos surpreendemos com essas voltas, mesmo sabendo que o mundo é redondo e que ele, invariavelmente, vai passar pelos mesmos lugares. (???)

Como uma Fênix**, determinadas "coisas" ressurgem “das cinzas”. Mas o bom mesmo seria, se como a fênix, essa "coisa" fosse realmente viver essa vida nova pela qual fez questão de re-existir. Mas não. Ela só reapareceu para alçar (seus) vôos altos, deixando para trás aquilo pelo que “lutou” - a vida nova.
Vai entender.

É, "assim como são as pessoas são as criaturas".


** Símbolo da imortalidade, a fênix, segundo a mitologia grega, renasce de suas próprias cinzas, erguendo-se, em seguida, em um vôo alto para levar os restos de sua progenitora ao altar do templo do Deus Sol, seu pai.